Nos bastidores do Europeu: Relação amor-ódio com a buzina

por jul 12, 2019

Quando já se pensava que tudo estava sob controlo, eis que a buzina do CDC começa a tocar ininterruptamente, num volume tão alto que é bem possível que tenha sido ouvida em Helsínquia ou em Estocolmo, capitais dos dois países que se defrontavam na altura do incidente.

É tempo de fazer os últimos ajustes para o momento mais aguardado pelos mais de 250 atletas que querem mostrar o seu valor e defender os respectivos países em Matosinhos: o início da competição. Do lado da organização, os últimos dois dias serviram para corrigir pequenas falhas para que nada falhe durante os próximos dez dias. A manhã de quarta-feira foi passada a afinar os marcadores electrónicos dos pavilhões, com destaque para os aparelhos gigantes que se encontram nos dois topos do Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos (CDC).

Este foi, também, o dia de chegada da maioria das comitivas e, por isso, houve muitos treinos de adaptação aos três pavilhões que recebem a prova, para além de alguns jogos-treino entre seleções que já se encontravam em solo luso há mais tempo. E, quando já se pensava que tudo estava sob controlo, eis que a buzina do CDC começa a tocar ininterruptamente, num volume tão alto que é bem possível que tenha sido ouvida em Helsínquia ou em Estocolmo, capitais dos dois países que se defrontavam na altura do incidente. Apesar de, nas bancadas, um elemento da organização não ter resistido ao cansaço acumulado dos primeiros dias de trabalho, para os que estavam dentro das quatro linhas não houve outra solução a não ser recolher aos balneários.

Com o problema resolvido minutos depois, o jogo-treino entre Finlândia e Suécia continuou e nem a buzina final trouxe alguma alegria a uma das seleções, uma vez que o jogo terminou empatado… Também empatado terminou outro jogo, bem longe de Matosinhos, mas este deu uma alegria enorme a todos os que trabalhavam nos bastidores do Europeu. Da cidade italiana de Nápoles chega a excelente notícia da conquista da medalha de bronze pela Seleção Nacional feminina de Sub25 na 30.ª edição das Universíadas, o que representa o melhor resultado de sempre de uma modalidade colectiva neste certame.

Mas não há tempo para festa em Matosinhos, porque o trabalho não pára. Com várias seleções a trabalhar em simultâneo, quinta-feira foi dia de viajar até à Póvoa de Varzim, onde estagia a Seleção sénior masculina. A estreia de Jeremiah Wilson foi o motivo da deslocação, que culminou com uma entrevista ao extremo norte-americano naturalizado português, que vamos partilhar aqui em breve.

Para já não há tempo para mais, porque a bola já salta aqui em Matosinhos. Fiquem atentos às próximas histórias.

por RICARDO BRITO REIS [@rbritoreis]

Autor

Ricardo Brito Reis

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