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Como faço para pagar o INSS por conta própria de forma correta

Pague o INSS por conta própria emitindo a Guia GPS no site Meu INSS, escolha o código certo e mantenha pagamentos em dia para garantir benefícios.

Para pagar o INSS por conta própria de forma correta, é necessário realizar o recolhimento obrigatório através da guia da Previdência Social chamada GPS (Guia da Previdência Social). O contribuinte deve se inscrever como contribuinte individual ou facultativo, definir a alíquota correspondente à sua atividade e ao valor do salário-de-contribuição, e efetuar o pagamento mensalmente até o vencimento para garantir a regularidade da sua contribuição e o direito aos benefícios previdenciários.

Este artigo vai detalhar passo a passo como você pode fazer o pagamento do INSS por conta própria corretamente. Serão abordados temas como o cadastro no sistema, escolha da alíquota conforme o tipo de contribuinte, cálculo do valor a ser pago com base no salário-de-contribuição mínimo e máximo, além das orientações para a emissão da GPS e a data limite para o pagamento mensal. Também explicaremos as diferenças entre os contribuintes individuais e facultativos e quais benefícios cada categoria pode garantir, para que a sua contribuição seja feita da maneira correta e sem riscos de perder direitos.

1. Cadastro e inscrição como contribuinte do INSS

O primeiro passo para pagar o INSS por conta própria é obter o número de inscrição, que geralmente é o CPF para a maioria dos contribuintes individuais e facultativos. Caso ainda não tenha, é preciso fazer a inscrição no sistema do INSS, podendo utilizar o site ou o aplicativo Meu INSS. Para contribuintes que nunca tiveram carteira assinada, esse cadastro é essencial para gerar a GPS e registrar as contribuições.

2. Escolha do tipo de contribuinte e alíquota correta

Existem, basicamente, dois tipos para quem paga o INSS por conta própria:

  • Contribuinte Individual: quem trabalha por conta própria, autônomo, empresário, diarista, etc.
  • Contribuinte Facultativo: quem não exerce atividade remunerada, como estudantes, donas de casa, desempregados que desejam contribuir.

A alíquota varia conforme o tipo e o benefício desejado:

  • 11% sobre o salário mínimo: para quem quer a aposentadoria por idade ou outros benefícios básicos.
  • 20% sobre o salário declarado (entre o mínimo e o teto): para quem deseja aposentadoria por tempo de contribuição e benefícios integrais.

3. Cálculo do valor e emissão da GPS

O pagamento é feito mensalmente e o valor deve ser calculado com base no salário-de-contribuição escolhido, que pode variar entre o salário mínimo vigente e o teto do INSS (em 2024, o salário mínimo é de R$1.320,00 e o teto aproximadamente R$7.507,49). Por exemplo:

AlíquotaBase mínima (R$)Valor mínimo a pagar (R$)
11%1.320,00145,20
20%1.320,00264,00

Após determinar o valor, é necessário emitir a GPS no site da Receita Federal, preenchendo os dados corretamente, inclusive código de pagamento (exemplo: 1007 para contribuinte individual). O pagamento pode ser feito nas agências bancárias, casas lotéricas ou pelo internet banking.

4. Prazo e consequências do atraso

O vencimento do pagamento da GPS para contribuintes individuais ou facultativos é até o dia 15 do mês seguinte ao da competência (mês ao qual se refere a contribuição). Caso o pagamento seja feito após essa data, haverá cobrança de juros e multa, o que pode impactar o valor final da contribuição e o tempo de contribuição acumulado para aposentadoria e benefícios.

5. Dicas para contribuir corretamente

  • Use o aplicativo Meu INSS para acompanhar suas contribuições e histórico.
  • Guarde os comprovantes de pagamento, pois são essenciais para comprovar suas contribuições em processos de aposentadoria.
  • Escolha a alíquota e base que melhor atendam seus objetivos, levando em conta o custo-benefício.

Passo a passo para escolher o código de contribuição adequado

Escolher o código de contribuição correto é fundamental para garantir que você pague o INSS por conta própria de forma adequada e evite problemas futuros com o governo. O código determina qual tipo de contribuinte você é, qual alíquota será aplicada e qual benefício poderá receber.

1. Identifique sua categoria de contribuinte

O primeiro passo é entender em qual categoria você se encaixa. Os principais grupos são:

  • Contribuinte individual: quem trabalha por conta própria, como autônomos, empresários sem CNPJ, microempreendedores individuais (MEI) e profissionais liberais.
  • Segurado facultativo: pessoas que não exercem atividade remunerada, mas querem garantir direitos previdenciários, como donas de casa, estudantes e desempregados.
  • Empregado doméstico: trabalhadores que prestam serviços residenciais, como diaristas e babás.

2. Consulte os códigos de contribuição mais comuns

A tabela a seguir apresenta os códigos mais utilizados para contribuintes individuais e facultativos:

CódigoDescriçãoAlíquotaExemplos de contribuintes
1007Contribuinte individual (sem relação de emprego)20%Autônomos, profissionais liberais
1163Contribuinte individual – microempreendedor individual (MEI)5%MEIs
1406Segurado facultativo20%Donas de casa, estudantes
1161Empregado doméstico8%Babás, diaristas registrados

3. Escolha o código conforme seu caso específico

Exemplo prático: João é um fotógrafo autônomo que não possui CNPJ e trabalha por conta própria. Ele deverá utilizar o código 1007, pagando 20% sobre o salário-de-contribuição escolhido, para garantir direito à aposentadoria e auxílio-doença.

Já Maria é uma dona de casa que deseja começar a contribuir para o INSS para ter direito à aposentadoria. Ela deve usar o código 1406, como segurada facultativa, e pagar 20% do salário mínimo (ou um valor superior, se desejar).

4. Atenção ao preencher o código no sistema

Quando realizar o pagamento via GPS (Guia da Previdência Social) ou pela plataforma Meu INSS, é essencial preencher o código correto para evitar a devolução do pagamento ou a perda da contribuição naquele mês.

Dica valiosa: sempre revise o preenchimento antes de efetuar o pagamento e, se possível, consulte um contador ou um especialista em previdência para garantir a escolha correta.

5. Atualize seu cadastro sempre que necessário

Se você mudar de atividade ou categoria (por exemplo, deixar de ser MEI para virar autônomo tradicional), é importante atualizar esses dados no INSS para que as contribuições sejam registradas corretamente.

Resumo prático para ajudar você a escolher o código correto:

  1. Verifique sua situação profissional atual.
  2. Consulte a tabela de códigos e alíquotas.
  3. Selecione o código que corresponde ao seu perfil.
  4. Informe o código corretamente na guia GPS.
  5. Mantenha suas informações atualizadas junto ao INSS.

Seguindo essas etapas, você estará protegendo seu futuro e evitando dores de cabeça com a Receita Federal e o INSS.

Perguntas Frequentes

O que é necessário para pagar o INSS como contribuinte individual?

Você precisa se cadastrar no site da Previdência Social e emitir a Guia da Previdência Social (GPS) para fazer o pagamento mensal.

Quais são as alíquotas de contribuição para quem paga por conta própria?

As alíquotas variam entre 5%, 11% e 20%, dependendo do tipo de contribuição e do salário de contribuição escolhido.

Posso fazer o pagamento retroativo do INSS?

Sim, é possível pagar meses anteriores, mas deve-se calcular os juros e multas pela guia atualizada.

Quais benefícios o contribuinte individual tem direito ao pagar o INSS corretamente?

Aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte, entre outros benefícios previdenciários.

Como acompanhar meus pagamentos e contribuições feitas ao INSS?

Por meio do site ou aplicativo Meu INSS, onde você pode consultar seu extrato e histórico de contribuições.

É obrigatório pagar INSS se eu já tenho outro emprego?

Se você já contribui como empregado, não é necessário pagar como autônomo para aquela mesma atividade.

Resumo e Pontos-Chave para Pagar o INSS por Conta Própria

  • Cadastro: Faça seu cadastro no site da Previdência Social (gov.br).
  • Tipo de contribuinte: Escolha “Contribuinte Individual” ou “Facultativo” conforme seu caso.
  • Emissão da GPS: Gere a Guia da Previdência Social mensalmente no site da Receita Federal.
  • Alíquotas: 5% (salário mínimo), 11% ou 20% do salário de contribuição.
  • Pagamento: Realize o pagamento em banco autorizado até a data de vencimento para evitar multa.
  • Contribuição retroativa: Pode ser feita com atualização de juros e multa pela nova guia emitida.
  • Benefícios: Acesso a aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade e outros benefícios previdenciários.
  • Consulta: Use o app ou site Meu INSS para acompanhar pagamentos e calcular tempo de contribuição.
  • Comprovação: Guarde comprovantes para eventuais necessidades administrativas ou judiciais.
  • Ajuda profissional: Consulte um contador ou advogado em caso de dúvidas específicas.

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