Lucky 13: EuroCup e… veados

por nov 10, 2017

As opções são: dormir no avião, no chão do aeroporto, nos bancos e no autocarro, até que finalmente chegámos, às 16 horas. O sítio onde ficámos era lindo e até veados havia, no seu habitat natural. Só foi estranho ver, na ementa, que o jantar ia ser… veado.

Olá a todos! Foi só para mim que este primeiro mês de jogos passou a correr?

Para além da nossa Liga Feminina, com vitórias e derrotas improváveis, a grande emoção foram as competições europeias. Os resultados já todos conhecem, mas o que aconteceu até lá, o que vivemos no balneário, as viagens loucas, a comida… está a ser uma verdadeira odisseia.

Primeiro jogo em casa. Vocês pensam: “Que bom, Márcia, finalmente chegou o dia!”
Seria motivo de alegria caso o meu organismo não tivesse achado que era uma boa altura para ter uma gastroenterite. Na verdade, isto foi o que pensei quando estava de “caixão à cova”, mas sinceramente não me posso queixar dessa noite. E sabem quando é que eu percebi que íamos ganhar? Quando estávamos a sair do balneário, depois do intervalo, e entra a música da nossa equipa. Nós somos tão unidas que foi num segundo, olhámos para os olhos umas das outras e sorrimos (aquela é a música que marcou a nossa época passada, é a nossa música da vitória e estava a passar naquele momento). É claro que tivemos que pôr a bolinha no cesto, senão não há música que ajude. 😀 Resumindo, 1/1.

Ainda nessa semana defrontámos o Benfica. Foi um jogo difícil, não só porque é uma excelente equipa, mas também porque era a primeira semana em que as nossas pernas se deparavam com dois jogos em quatro dias. Felizmente, após prolongamento, levámos a melhor.

Terça-feira, treino até às 22 horas: “OK, meninas, saída às 4 da manhã”.
E eu pensei: “Estou tramada. Quase não vou dormir, que tortura”. Ou não… Estão a ver os miúdos, quando têm uma visita de estudo e nem precisam de despertador, de tão ansiosos que estão? Eu estava igual!

Só chegámos ao hotel onde íamos ficar, em Itália, às 20 horas e, para piorar tudo, só tínhamos uma rookie para chatear.

O jogo não correu como queríamos, a Bernardeco lesionou-se na sexta e, sendo assim, só viajámos com uma base, mas, ainda na primeira parte, a Luana torceu o pé com gravidade. Ficou a sensação de que podíamos ter feito mais, se a equipa tivesse completa.

P.S.: A comida em Itália era espectacular, mas podiam ter avisado que vinha primeiro a massa e a carne só era servida “amanhã”. 😀

Voltámos aos jogos da Liga Feminina e surge a primeira derrota no campeonato, mas sem dramas. Sabemos bem porque aconteceu e só temos que aprender com os erros.

Num piscar de olhos já é terça, 22 horas: “OK, meninas, saída às 2 da manhã”. 😀
As opções são: dormir no avião, no chão do aeroporto, nos bancos e no autocarro, até que finalmente chegámos, às 16 horas. O sítio onde ficámos era lindo e até veados havia, no seu habitat natural. Só foi estranho ver, na ementa, que o jantar ia ser… veado.

Dia de jogo… Ambiente brutal, pavilhão cheio, não cabia mais ninguém lá dentro, uma claque com imensos rituais para motivar as atletas. Um barulho ensurdecedor, tão alto que, em determinadas alturas, só valia a pena fazer sinaléticas, porque não se ouviam as jogadas.

Será que algum dia vamos conseguir que a nossa liga encha pavilhões desta maneira, mesmo em jogos da fase regular? Quem sabe já no dia 23 de Novembro possamos fazer o mesmo no Pavilhão Municipal Luís de Carvalho, no Barreiro, às 20h30. 😉

Volto no próximo mês para vos contar como foi a ida à Republica Checa e o que acontece quando o Presidente decide ser simpático e dizer que queremos comida típica. Meu rico bacalhau à brás!

Até lá, bons jogos a todos 🙂

por MÁRCIA COSTA

Autor

Márcia Costa

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