Um português pelo Mundo: Hungria 2018 – Regresso ao futuro

por jun 17, 2018

Não sabemos como irá acabar esta campanha, nem que resultados teremos, mas temos uma certeza. Queremos ajustar contas com o destino e honrar novamente as cores de Portugal.

Por esta altura, provavelmente já realizámos o nosso primeiro jogo amigável da campanha das Sub20 de 2018, ou seja, os dados estão lançados… Tendo começado a preparação de mais um Europeu a 4 deste mês, as Sub20 Portuguesas estão na estrada para mais uma campanha na Divisão A. Quis o destino que, volvidos seis anos, regressássemos ao país onde tudo começou, no que toca às participações na divisão de topo europeu, mas, desta vez, numa espécie de “regresso ao passado”, queremos mudar a nossa “sorte” e, como que num ajuste de contas, queremos mantermo-nos na Divisão A.

Queremos, de uma vez por todas, substituir nas nossas memórias a fatalidade da intoxicação de que fomos alvo e que levou meia seleção ao hospital, por um torneio onde nos deixem realmente competir. Queremos voltar a homenagear aquelas atletas que viveram na pele esses momentos difíceis. Queremos relembrar aquela geração de heroínas por outra geração que se quer igualmente de eleição.

Não será fácil e os 25 treinos realizados em quinze dias são prova disso mesmo. E este grupo de trabalho tem estado ao nível que se lhe pede. Nem sempre temos dias bons, mas queremos estar sempre melhor e é isso que nos move. É a mola destas atletas que personifica o “Fight Club 2018”. Espera-nos um grupo difícil onde a Espanha surge como natural favorita e candidata a uma medalha, ou não fosse a tricampeã. Defrontamos a Bélgica, medalha de ouro em Sub18 no ano transato da Divisão A e 5.ª classificada em Sub 20. Finalmente, jogamos com a Holanda, seleção que nunca batemos em jogos oficiais no escalão de Sub 20.

Não obstante a calendarização, dependemos sempre primeiro de nós e das dinâmicas que conseguirmos implementar. Estas dinâmicas mentais e competitivas são fatores decisivos em torneios tão curtos e tão intensos, que conduzem uma equipa a tornar-se pior ou melhor do que a simples soma das partes e assim fazer a diferença, pela negativa ou pela positiva. Uma vez mais, pretendemos incutir nesta Seleção um espírito guerreiro de sobrevivência, com capacidade para sofrer e, sobretudo, de nunca parar de lutar por aquele que é o nosso principal objetivo: a manutenção no top16 europeu do escalão.

Basicamente, e em suma, queremos perpetuar o espírito do “Fight Club”.

Não sabemos como irá acabar esta campanha, nem que resultados teremos, mas temos uma certeza. Queremos ajustar contas com o destino e honrar novamente as cores de Portugal.

Temos orgulho em “sermos Portugal” e tudo faremos para que no dia 15 de Julho, o “Portugal basquetebolístico” também tenha orgulho em nós.

Até breve!

por EUGÉNIO RODRIGUES

Autor

Eugénio Rodrigues

Subscreva a nossa Newsletter