Enes Kanter, poste dos Boston Celtics, mudou o seu nome para Enes Kanter Freedom, garantiu a cidadania americana e, num golpe de magia, comprou a célebre Statue of Liberty, em Nova Iorque.
Kanter adquiriu o famoso monumento – um dos maiores símbolos americanos – e alterou-lhe imediatamente o nome para “Statue of Freedom” (A Estátua do Freedom).
A estátua já se encontra inclusivamente a ser intervencionada, a fim de contemplar as alterações idealizadas por Kanter. Freedom, desculpem! O jogador pretende que a estátua tenha a sua cara e que, ao invés de estar calçada com sandálias – que, em Nova Iorque, às vezes faz frio -, ostente nos pés um bonito par de sapatilhas Sanjo, marca 100% portuguesa, onde os responsáveis pela confecção dos produtos são todos maiores de 18 anos.
Malice at the Castle (of Almourol)
No último domingo, no Staples Center, durante o jogo que opunha a equipa da casa, os Los Angeles Lakers, e os Detroit Pistons, Ron Artest… – não, porra! Enes Kanter! Isso foi na notícia anterior. Não, também não é isto, desculpem. Metta World Freedom? Estou confuso, pá! – …Metta Sandiford-Artest (assim é que é!) e Ben Wallace acordaram fazer um combate de boxe, para assinalar os 17 anos do infame Malice at the Palace.
Prevê-se um combate desapiedado, alimentado por anos de recalcamento, daí que a organização tenha optado por realizá-lo no Castelo de Almourol, onde os dois ex-jogadores se irão digladiar, honrando, não só a violência do Malice original, mas também a ferocidade que era reconhecida à Ordem dos Templários.
No entanto, ainda que possa parecer incrível, as casas de apostas atribuem claro favoritismo ao “gajo da cerveja”, que ganhou o primeiro evento, ocorrido há 17 anos.
Borrego da Salvação
James Borrego, 44 anos, treinador dos Charlotte Hornets. Isto, vocês já sabiam. O que vocês não sabem é a incrível história do treinador de uma das equipas sensação da NBA. Mas nós fomos à procura e revelamos a verdade escondida, nesta investigação especial do Borracha Laranja.
James Borrego, originalmente Jaime Barbosa – conforme atesta uma certidão de nascimento a que tivemos acesso – nasceu em Portugal, em 1977, na localidade de Rego do Azar (Ponte de Lima), no seio de uma família muito pobre. A sua mãe, Maria Etelvina – uma fraca figura – não tinha leite e o pequeno Jaime foi criado como um bezerro enjeitado mamando em vacas, em tudo que tinha peito, ficando mal habituado. Na verdade, foi uma borrega coxa – a “Xana” – que o amamentou e que o salvou, naquele impiedoso inverno.
Em 1977 o país vivia ainda uma fase algo conturbada, de transição pós-revolução e de implementação da democracia, e Ramiro – pai do pequeno Jaime – queria que o seu primogénito tivesse uma vida mais desafogada que a sua, desempoeirada de incertezas.
As opções eram claras e eram apenas duas: enviar o pequeno Jaime para França, para junto de um tio exilado em Paris, ex-militante do Partido Comunista Português e ex-traficante de berloques e lantejoulas, condenando assim o rapaz a cheirar a patchouli (para sempre) e a fazer vida dançando can-can em cabarés mal iluminados, ou, em alternativa, enviá-lo – a ele e à pequena borrega Xana – de barco, à sua sorte, rumo aos EUA, onde poderia singrar enquanto treinador, na NBA.
Ramiro – o pai – subornou então um estivador do porto de Leixões, seu amigo de longa data e dado a subornos, que introduziu, à socapa, a criança e o caprino a bordo do navio “CINATIT”, que zarparia dali a pouco tempo, rumo à Califórnia.
Durante a travessia, com algumas semanas de viagem, abateu-se sobre a embarcação um dilúvio – daqueles mesmo à séria! – que faria corar de vergonha Noé, e o navio embateu, com estrondo, num cardume de fanecas que ia a passar, afundando-se pouco depois, em minutos.
Na manhã seguinte, sob um sol radioso, daqueles que anunciam boas-novas, começaram a aflorar junto à costa os primeiros destroços do “CINATIT” e, no meio deles, Jaime, são e salvo, deitado sobre o corpo inanimado da sua borrega coxa. Avistando-os, um casal de agricultores de Albuquerque (Novo México) que por ali passeava, retirou-os da água e decidiu adoptar o petiz, chamando-lhe James Borrego, honrando assim, para toda a eternidade, a memória daquela borreguita.
Bonito. O resto, bom, o resto é história e está aí, à vista de todos.
por PICHO TENICHEIRO (texto e imagens) [@PichoTenicheiro]