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Com Quanto Tempo de Pensão Atrasada Posso Ser Preso Pela Justiça

A prisão por pensão alimentícia pode ocorrer após três meses de atraso, mostrando a urgência e gravidade dessa obrigação legal.

De acordo com a legislação brasileira, o atraso no pagamento da pensão alimentícia pode levar à prisão civil do devedor, independentemente do tempo de atraso. Não há um prazo mínimo de atraso para que a justiça determine a prisão; o que importa é o descumprimento da obrigação alimentar, que é considerada essencial para a subsistência do beneficiário.

Este artigo explicará detalhadamente como funciona a prisão por atraso no pagamento de pensão alimentícia, quais são os requisitos legais para que ela seja determinada, os direitos do devedor e do beneficiário, além de apontar os procedimentos judiciais envolvidos. Também abordaremos exemplos práticos e orientações para quem enfrenta essa situação.

O que diz a legislação sobre a prisão por atraso na pensão alimentícia

A prisão civil por dívida de alimentos está prevista no artigo 528 do Código de Processo Civil e no artigo 7º, inciso VII, da Lei nº 5.478/68. Quando o devedor deixa de pagar a pensão alimentícia, o credor pode solicitar ao juiz o cumprimento da obrigação, podendo ser decretada a prisão pelo prazo de até 3 meses.

Características da prisão por pensão atrasada:

  • Não há um tempo mínimo de atraso: o juiz pode decretar a prisão a qualquer momento após o não pagamento, se ver que o devedor está se omitindo.
  • A prisão é civil, não criminal: destina-se a forçar o pagamento, não é punição penal.
  • Duração máxima da prisão: até 3 meses, podendo ser revogada se o devedor quitar o débito ou garantir o pagamento.
  • É possível parcelar a dívida para evitar a prisão, mediante acordo judicial.

Procedimentos para execução e prisão

Quando o credor vai à justiça para cobrar a pensão atrasada, o juiz determina uma intimação ao devedor para que pague o débito ou apresente justificativa em 3 dias. Se o devedor não se manifestar ou não pagar, o juiz pode determinar a prisão.

Dicas para evitar a prisão por atraso na pensão:

  1. Comunique-se com o credor e tente um acordo amigável antes que a situação se complique.
  2. Regularize sua situação financeira para não ficar inadimplente.
  3. Procure orientação jurídica para negociar parcelas ou parcelamento da dívida.
  4. Guarde comprovantes de pagamento para evitar cobranças indevidas.

Exemplo prático

João deixou de pagar a pensão alimentícia durante 1 mês. A mãe da criança entrou com ação de execução de alimentos. Após intimação, João não pagou nem justificou o atraso. O juiz, então, determinou sua prisão civil por até 3 meses, até que ele regularizasse a situação ou efetuasse um acordo para pagamento parcelado.

Consequências Legais do Não Pagamento da Pensão Alimentícia

O não pagamento da pensão alimentícia pode acarretar sérias consequências jurídicas para o devedor. No Brasil, a legislação estabelece mecanismos rigorosos para garantir o cumprimento dessa obrigação, pois a pensão alimentícia envolve a subsistência e o bem-estar de crianças, adolescentes e até mesmo de outros familiares.

1. Prisão Civil por Atraso no Pagamento

Uma das sanções mais conhecidas é a prisão civil do devedor. Segundo o artigo 528 do Código de Processo Civil (CPC), a pessoa que deixar de pagar a pensão alimentícia pode ser presa por até 3 meses caso haja atraso por mais de 3 meses consecutivos ou não pagamento de quantia equivalente a 3 meses.

Esse tipo de prisão não é criminal, ou seja, não caracteriza crime, mas uma medida para forçar o pagamento dos valores devidos.

  • Prazo para prisão: atraso igual ou superior a 3 meses;
  • Duração: até 90 dias;
  • Objetivo: garantir o pagamento da dívida alimentar.

Exemplo prático:

João deve pagar R$ 1.200,00 mensais de pensão à sua filha. Ele deixa de pagar por 3 meses, acumulando uma dívida de R$ 3.600,00. Neste caso, a mãe da criança pode solicitar à Justiça a prisão de João para garantir o pagamento.

2. Protesto em Cartório e Inclusão em Cadastros de Inadimplentes

Além da prisão, o atraso pode levar ao protesto em cartório dos boletos ou débitos não pagos, o que impacta diretamente no nome do devedor em serviços de proteção ao crédito como SPC e Serasa.

Consequências:

  • Dificuldade para obter empréstimos e financiamentos;
  • Comprometimento da reputação financeira;
  • Pressão para quitação da dívida.

3. Bloqueio de Conta e Penhora de Bens

A Justiça também pode determinar o bloqueio de contas bancárias via BacenJud ou a penhora de bens para garantir o pagamento da dívida alimentar.

Essa medida é fundamental para evitar que o devedor fuja da obrigação de sustentar seu dependente, exibindo, assim, a força do sistema jurídico em assegurar os direitos dos alimentandos.

Comparativo das Consequências Legais

MedidaRequisitoDuração/ImpactoObjetivo
Prisão CivilAtraso ≥ 3 mesesAté 3 mesesForçar pagamento
Protesto em CartórioAtraso em qualquer mêsInclusão em cadastrosPressão financeira
Bloqueio/PenhoraDívida ativa comprovadaAté quitação da dívidaGarantir pagamento

Dicas para Evitar Problemas Jurídicos

  1. Organize-se financeiramente: mantenha um controle mensal do valor a ser pago;
  2. Comunique-se: em caso de dificuldade, informe o beneficiário e busque renegociar;
  3. Procure assessoria jurídica: caso não possa pagar, busque ajuda para revisão judicial do valor;
  4. Pague os atrasados o quanto antes: atrasos acumulados aumentam as chances de medidas judiciais rigorosas.

Lembre-se: a pensão alimentícia é um direito fundamental que exige responsabilidade e compromisso. A Justiça está preparada para assegurar o cumprimento dessa obrigação, protegendo os interesses dos menores e demais beneficiários.

Perguntas Frequentes

Posso ser preso por atraso na pensão alimentícia?

Sim, o devedor pode ser preso por até três meses se não pagar a pensão alimentícia determinada judicialmente.

Quanto tempo de atraso na pensão leva à prisão?

A prisão pode ocorrer após o não pagamento de pelo menos um mês de pensão, desde que haja ordem judicial.

Qual é o procedimento para a prisão por pensão atrasada?

O credor deve requerer a prisão ao juiz, que pode expedir o mandado para cumprir a detenção.

A prisão por pensão atrasada é aplicada imediatamente?

Não necessariamente, o juiz avalia o caso e pode negar a prisão se houver justificativas razoáveis.

Existe prazo para pagamento da pensão atrasada após a prisão?

Sim, o pagamento da dívida pode ser feito a qualquer momento para evitar ou extinguir a prisão.

O que acontece após o pagamento da pensão atrasada?

O devedor pode ser liberado da prisão e a dívida continuará sujeita à cobrança judicial.

Pontos-chave sobre Pensão Alimentícia e Prisão

  • Atraso no pagamento gera obrigação judicial e pode resultar em prisão civil.
  • Prisão por pensão atrasada dura até três meses, conforme determinado pelo juiz.
  • Mandado de prisão é expedido somente após pedido formal do credor.
  • Existem exceções e defesas possíveis, como comprovante de pagamento ou acordo.
  • Pagamento da dívida elimina o risco imediato de prisão, mas a dívida permanece cobrável.
  • A prisão tem caráter civil e não penal, voltada para obrigar o pagamento.
  • Devedores podem negociar acordos para evitar prisão ou aguardar parcelamentos.
  • É importante buscar orientação jurídica para entender casos específicos e evitar complicações.

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